Islândia vai fiscalizar<br>igualdade salarial
O governo islandês anunciou, dia 8, que apresentará uma proposta de lei no parlamento que obriga as empresas com mais de 25 trabalhadores a provarem que pagam salário igual para trabalho igual, independentemente do género, etnia, sexualidade ou nacionalidade.
A ilha, com 300 mil habitantes, tornar-se-á o primeiro país do mundo a ter um sistema nacional de certificação de igualdade salarial.
Determinado a erradicar as diferenças salariais entre géneros até 2022, o ministro para a Igualdade e Assuntos Sociais, Thorsteinn Viglundsson, afirmou que «chegou a altura de fazer algo radical sobre esta questão».
«Salário igual é um direito humano», sublinhou. «Precisamos de garantir que homens e mulheres têm oportunidades iguais no local de trabalho. É a nossa responsabilidade tomar todas as medidas necessárias para conquistar isso».
O Fórum Económico Mundial coloca a Islândia como o país com melhor índice de igualdade de género, mas as mulheres islandesas ainda ganham, em média, entre 14 e 18 por cento menos do que os seus colegas masculinos.
Em Outubro, milhares de islandesas saíram do trabalho às 14.38 horas para se manifestarem junto ao parlamento contra a desigualdade salarial. Segundo cálculos dos grupos de defesa dos direitos das mulheres, a partir daquela hora as mulheres trabalham de graça.
A nova legislação deverá ser aprovada pelo parlamento islandês, uma vez que conta também com o apoio da oposição.